Novo Horizonte do Sul
História
Aproximadamente entre 1965 e 1980, o governo criou o novo modelo agrícola, incentivando o plantio de soja e de outras lavouras mecanizadas em grandes extensões, alavancando a exportação ao construir a maior hidrelétrica do mundo, a Itaipu.
O modelo econômico e político brasileiro favorecia, somente, os latifundiários donos de capital. Muitas famílias foram ao Paraguai em busca de terras para cultivar e retirar o sustento para a família, entraram aos poucos formando grupos e pequenas vilas, mas sofreram com a opressão e a exploração.
Na educação, por exemplo, muitas crianças ficaram sem estudar, pois ensinavam em língua castelhana e, muitas vezes, os brasileiros eram recusados por não fluir a língua. Algumas comunidades se uniam e conseguiam professores brasileiros que ensinavam a leitura e a escrita.
A cada três meses, os brasileiros eram obrigados a renovar o permício, que lhes permitia a permanência no Paraguai, mas era caro e muitos não tinham condições de pagar. Continuavam a viver ilegalmente, por isso eram perseguidos e explorados.
A terra era fértil, produzia bem, mas, na venda de produtos os preços não eram cotados. Quem trabalhava de arrendatário, entregava grande porcentagem dos produtos aos donos da terra, às vezes até tomavam toda a safra com ameaças. O comércio também era explorador, só conseguiam comprar o indispensável para o sustento e a sobrevivência.
Com todos esses problemas e insegurança, a reforma agrária era o sonho de todo brasileiro, Muitas comunidades começaram a lutar para sair do Paraguai, sigilosamente, para que as autoridades paraguaias não descobrissem a ilegalidade. A igreja e alguns políticos apoiavam essa luta.
No dia 14 de maio de 1985, cinco líderes foram até Brasília para negociar com o Ministro da Reforma Agrária a situação dos brasileiros ilegais que viviam no Paraguai e que queriam voltar ao Brasil com um lugar para morar. Foram informados de que fora do país nada podiam fazer.
Após trinta dias voltaram ao Brasil e fizeram um grande acampamento no Município de Mundo Novo – MS, perto da fronteira, com aproximadamente 800 famílias.
O Governo assinou um convênio, mandou alimentação, assistência média e lonas. Mas as famílias das redondezas se ajuntaram ao acampamento formando cerca de 1000 famílias. A área era pequena para tanta gente, faltava higiene, a miséria era presente no local provocando mortalidade, principalmente infantil.
As famílias se organizaram em grupos, respeitando sua comunidade de origem no Paraguai, que eram os seguintes: Santa Rosa, Canandu, Cuerpo Christi, Alvorada, Guaivirá, Santa Clara, Figueira, Maracajú, Caarapó, Ponte Kirrá e Guadalupe. Cada grupo tinha sua liderança e comissões.
À noite faziam a segurança com rodízio de homens. As lideranças se reuniam freqüentemente com o Incra e outras autoridades. Os grupos de trabalhos, alimentação, saúde e higiene e liturgia celebravam os atos religiosos. Os cadastros de suas famílias eram feitos em Mundo Novo, ainda, com os seguintes critérios: ser casado, ter menos de 60 anos, ter toda documentação em dia, solteiros maiores de 21 anos.
A viagem até a fazenda onde receberam suas terras foi sofrida e durou aproximadamente um mês. Situada na Gleba Santa Idalina, da empresa Someco, deram o nome de Gleba Novo Horizonte, porque aqui surgiu uma nova esperança, uma grande mudança, os grupos colocaram-se em localidades estratégicas, onde facilitaria o acesso a água etc. A divisão da área foi programada, lotes com 25 hectares e chácaras com 06 hectares, divididos por sorteio.
Logo o posto de saúde começou a funcionar, trouxeram a rede de energia de alta tensão, construíram barracos que eram salas de aula, depois o Incra construiu escolas de alvenaria que existem aqui, ainda hoje, construiu o Centro Comunitário, para reuniões e festas, as igrejas, e surgiam a Associação dos Trabalhadores Rurais, a CPT, a Comissão Pastoral da Terra. O governo continuou acompanhando o povo e incentivando os mini-projetos.
No núcleo urbano, os lotes eram cedidos pelo Incra com uma exigência de construção em 90 dias. Assim, a cidade desenvolveu-se rapidamente. Logo surgiram mercados, bares, salões de baile, lojas, farmácias, açougues, veterinária, bancos, etc.
Vieram pessoas de variadas classes sociais, a maioria de origem humilde. Muitos aventureiros e curiosos. Os moradores organizaram equipes de futebol, torneios, grandes baiões. A energia elétrica foi rebaixada ao instalar o posto telefônico e a rede de água.
Dados Gerais
A População Total do Município era de 4.858 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010).
Sua Área é de 849 km² representando 0.2378% do Estado, 0.0531% da Região e0.01% de todo o território brasileiro.
Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.71 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000)
Área Territorial: 849km²
Fonte: IBGE
Ano de Instalação: 1993
Microrregião: Iguatemi
Mesorregião: Sudoeste do Mato Grosso do Sul
Altitude da Sede: 320 m
Distância à Capital: 260.,348Km
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD
Datas Comemorativas
Arrancada de Moto – Refere-se a um esporte muito bem divulgado aqui pela região que é o arrancadão de motos. Com prêmios e desportista que vem de muitos lugares e cidades vizinhas.
Corrida de Carroça – Corrida de carroça, um evento que vem sendo praticado a alguns aniversário desde a emancipação de Novo Horiz. Do Sul.
Aniversário – Festa de Rodeio com perna de pau, aniversário de Novo Horizonte do Sul.
12/10 – NOSSA SENHORA APARECIDA
Dados Políticos
Prefeito
ALDENIR BARBOSA DO NASCIMENTO – PSDB
Vice-Prefeito
GIOVANE DONATO DOS SANTOS – PDT
Prefeitura
Endereço: Rua Pres. Getulio Vargas , 130
CEP: 79745000
Telefone: 3447-1500
Horário de atendimento: 07:00 às 13:00
Emancipação: 30/04/1992
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