No dia 2 de agosto deste ano, chega ao fim o prazo estabelecido para o fechamento dos lixões em municípios com menos de 50 mil habitantes. Na prática, a legislação determina que a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá estar funcionando após essa data, o que significa que os resíduos recicláveis devem ser enviados à reciclagem e os resíduos orgânicos para a compostagem, sobrando apenas os rejeitos a serem dispostos nos aterros sanitários.

Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), considerando a realidade socioambiental e econômica brasileira, enfrentar o desafio de dispor apenas os rejeitos em aterros sanitários é algo que será superado mediante apoio técnico e financeiro, permitindo que os municípios cumpram todas as suas obrigações na gestão de resíduos sólidos. Conforme a Constituição Federal, promover melhorias nos serviços de saneamento é uma competência comum da União, Estados e Municípios e que o saneamento engloba quatro serviços: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de resíduos sólidos.

Uma das possibilidades de conseguir avançar na disposição finalmente adequada dos rejeitos é iniciar projetos de compostagem, já que os resíduos orgânicos compostáveis representam quase metade da massa total de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil enviada para lixões e aterros sanitários.

Debate na Marcha
Um levantamento feito pela Confederação em 2022 apontou que apenas 12,9% dos Municípios brasileiros possuem alguma iniciativa de compostagem de resíduos orgânicos. Vale lembrar que a compostagem é uma forma de tratamento dos resíduos orgânicos e deve ser priorizada em relação ao aterramento.

Na XXV Marcha a Brasília em defesa dos Municípios que será realizada entre 20 e 23 de maio, a Confederação trará em sua programação paralela à arena Boas Práticas Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Na oportunidade, a entidade municipalista vai abordar mais detalhes sobre a compostagem. Confirme aqui a sua participação.

Capacitação gratuita

Além da oportunidade de receber orientações na XXV Marcha, a CNM compartilha que estão abertas as inscrições para o curso Compostagem municipal: como implantar na sua cidade em diversas escalas?, promovido pelo Instituto Polis e de forma on-line e gratuito. Confira as datas e faça a sua inscrição aqui.

A compostagem traz benefícios ambientais como a redução de matéria orgânica aterrada, que gera gases do efeito estufa e chorume, bem como benefícios ambientais. Nesse contexto, o Município precisará pagar para aterrar menos resíduos e ainda há geração de composto orgânico com possibilidade de comercialização. Isso contribui para o incremento de renda diretamente ou doando para pequenos agricultores, além de contribuir com benefícios indiretos na economia local.

Com informações da CNM.

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