Nesta quarta-feira (19), o auditório da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) foi palco de um evento de grande importância para o desenvolvimento regional e a saúde pública. Organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/MS), em parceria com a Escola de Saúde Pública, o evento, intitulado “Rota Bioceânica e suas Implicações para o Desenvolvimento Regional e a Saúde Pública”, reuniu especialistas para discutir os desafios e as oportunidades trazidos pela Rota Bioceânica, com foco no desenvolvimento sustentável e suas implicações na saúde.
A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Dra. Crhistinne Maymone, ressaltou a importância do evento e do suporte oferecido aos municípios diretamente envolvidos pela rota. “Os municípios envolvidos na rota estão tendo um apoio tanto da Secretaria de Estado de Saúde quanto das demais secretarias, para que esse desenvolvimento possa ser de forma sustentável.”
A secretária também ressaltou a importância do evento e das parcerias para o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências científicas: “Nós queremos o desenvolvimento, sim, e nós estamos, enquanto gestores públicos, servidores, técnicos, buscando o maior número de parcerias possíveis nas academias, com a nossa instituição FIO-Cruz, não só daqui de Campo Grande, mas outras FIO-Cruzes também, o Ministério da Saúde, e, enfim, com a UEMS, com a UFGD, com todas as instituições que nós temos de pesquisa e de ciência também. Estamos todos imbuídos para podermos ter as políticas, os programas, os serviços, principalmente do setor saúde aqui, do qual eu represento, para que eles estejam pautados na melhor evidência possível. Para isso, a gente tem estimulado as nossas equipes, temos feitos reuniões, temos feitos grupos de trabalho, para que isso realmente possa se consolidar.”
A coordenadora da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Doutora Jislaine de Fátima Guilhermino, enfatizou o papel central da saúde pública nas discussões sobre a Rota Bioceânica. “Entendo que o principal objetivo desse nosso encontro, um dos principais, seja colocar a saúde e a saúde pública como um tema central indispensável no âmbito das discussões da Rota Bioceânica. Nós sabemos dos inúmeros benefícios dessa rota na infraestrutura e na economia. De outro lado, também, essa Rota nos coloca uma série de desafios, e nós sabemos que sim, nós podemos ter impactos ambientais e impactos na saúde.”
Ela também abordou os desafios relacionados à saúde especialmente com o aumento da circulação de pessoas. “Recentemente nós vivemos a pandemia da Covid-19 e nós vimos como essas rotas de transporte, elas podem atuar com vetores para a disseminação de algumas doenças. E tudo isso, enfim, pode trazer um impacto na nossa saúde. A gente pode ter também um aumento na demanda pelos serviços de saúde, isso pode causar também um impacto importante aqui no dia-a-dia das nossas cidades, nós precisamos estar preparados para isso.”, enfatizou a coordenadora.
A programação contou com palestras de:
• Edilson Ferreira Jr., do Ministério da Saúde
• Jorge Barreto, da Fiocruz Brasília
• Vanessa Gubert, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) – Brasília
• Sandra Leone, da Fiocruz Mato Grosso do Sul
• Lúcio Lagemann, Assessor de Logística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul – (Semadesc)
• Ana Gabriela, do Ministério da Saúde
• Marcos de Freitas, Coordenador de Tecnologia da Informação SES/MS